PRIMEIRO DIA – BEIJING
TEMPLO DO CÉU / CIDADE PROIBIDA / PRAÇA DA PAZ CELESTIAL
BEI = NORTE, JING=CAPITAL (Beijing = Pequim = capital do norte)
A primeira dica de Kate foi a respeito do dinheiro local. Disse Kate - "Dinheiro, aceite apenas com a face de Mao. Cinco Jiao é para esmolas" e ainda "Dinheiro verdadeiro ou falso, sinta a textura do cabelo de Mao. E o papel, parece mais firme"
Kate mora num apartamento de 120 m2, com 3 quartos. Como seu marido é o segundo filho, os pais dele vão se mudar para o mesmo apartamento e morar com eles. Ela leva 1h40 para chegar até o centro de Beijing.
Para não perder tempo, fomos direto ao Templo do Céu.
Kate pede desculpas se não memorizar nosso nomes, pois somos todos muito parecidos! (Para eles somos todos "big noses" - "narizes grandes")
No hotel, troquei US$100,00 por 578,00 yuan. A troca de moedas em hotéis é confiável e segura.
Um cartão de telefone internacional (IC card) é 48 yuan. O problema, que descobri depois de comprar alguns cartões, é que não são nacionais, mas exclusivos de cada província. Assim, acabei por comprar diversos cartões, conforme a viagem.
Vale lembrar os cruzamentos das ruas com aviso sonoro para pedestres, avisando que vai ficar verde ao acelerar o ritmo e diminuir o intervalo entre os bips.
O trânsito de veículos é uma curiosidade à parte. Achei muito interessante ver os carros que vão virar à direita e que já estação na faixa da direita, não precisarem parar no sinal vermelho. E pedestre não é prioridade (nem aqui nem na China – argh). Motoristas não se importam muito com o semáforo de pedestres. É melhor olhar e passar com cautela. Tanto é que em pouco tempo nos acostumamos com as buzinas das motos e bicicletas que na calçada nos faziam sair do caminho. E depois falam que chinês não é estressado.
Ainda assim é possível observar uma ordem estranha nesse caos aparente, pois não se vê (pelo menos eu não vi) os atropelamentos ou as trombadas que seria de se esperar.
Além dos semáforos para pedestres há inúmeras passagens subterrâneas nas avenidas largas.
Aqui aprendi que barganhar é legal, mas cansa muito. Às vezes o desconto que se consegue é pequeno, principalmente nas lojas de departamento. Algumas não barganham, mas se você leva 11 peças, paga por 10. Interessante mesmo é nos mercados populares, onde o desconto chega à raias do absurdo. Como exemplo: à tarde, numa barganha no mercado de Silk Street para comprar um carimbo com o nome em chinês, o valor começou com 689Y, etiquetado na peça. Fechei por duas peças de 50y cada. E ainda fotografei a vendedora. Abaixo o carimbo "Vado Veiga".
Difícil mesmo é transitar por estes mercados populares sem ser abordado por vendedores. Alguns são tão rápidos que, se percebem você falando numa língua que eles entendem ser o espanhol, já começam a mostrar os produtos dizendo “mira, que belo”. Ou ainda ser abordado por um simpático desconhecido que diz “because you are my friend I´ll give you a special price”. Às vezes a abordagem é física mesmo. Vi um garoto nos seus 13, 14 anos, que vinha abraçar o “amigos” como quem não os via a muito tempo, para levá-los para a loja. Umas vendedoras seguravam pelo punho, colocavam bolsas tiracolo no ombro da mulheres, só faltavam vestir um par de tênis enquanto tentávamos continuar andando.
Outros, após venderem suas peças, perguntavam quanto pagamos por determinada peça comprada na banca ao lado, para ver se fomos bons de negociação.
Abaixo uma brincadeira com a Daisy Arrad Letaif, de nossa turma na viagem, uma encomenda do Mineiro (Luis Francisco de Resende).
Café, almoço e jantar são sempre cedo, como no sítio.
Na China não se compra o apartamento ou casa, mas sim o direito de se morar lá por 70 anos. Até meados de 1980, a empresa fornecia a moradia. Quanto aos desapropriados, o Governo paga para as pessoas se mudarem para apartamentos maiores, mas mais distantes do centro.
Tantos veículos exigem medidas paleativas. Dia 25 de julho de 2008 começa o rodízio de veículos pelas placas pares e ímpares.
Após 1980 o Governo voltou a incentivar as pessoas a comprarem apartamentos. Em Beijing, nos anéis centrais, apartamentos são muito caros. Desmanchavam os Hutongs - moradias tradicionais para várias famílias, para construir apartamentos, levando os antigos moradores a ocupar áreas ao norte e oeste, em prédios de classe média e média alta. Ou apartamentos maiores porém mais longe ou menores mas em área mais próxima.
Transporte público é muito barato. Ônibus tem tarifa de 1 yuan por pessoa. Com smart card a tarifa de ônibus cai para 0,40 yuan por pessoa, tarifa única. Os táxis tem tarifa fixa, variando por "anel", muito barato.
Após os jogos olímpicos os estádios serão abertos ao povo, para se exercitarem.
Leva-se o lixo aos locais de coleta. A coleta é feita à noite.
O logotipo das olimpíadas vem do caractere de capital, distorcido para parecer um homem dançando, feliz.